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As ilhas Urok

As ilhas Urok são parte integrante do Arquipélago dos Bijagós, que obteve da UNESCO, em 1993, o label de Reserva da Biosfera. Um trabalho está sendo feito actualmente pelo Governo da Guiné-Bissau e seus parceiros da conservação para a classificação do Arquipélago dos Bijagós como Sítio do Património Mundial natural e cultural.
O Complexo Urok é constituído por 3 ilhas habitadas, Formosa, Nago e Chediã e vários ilhéus não habitados em permanência, dos quais a maioria com carácter sagrado. No seu conjunto, têm uma superfície de 54.500 hectares.
Tal como o resto do Arquipélago, as ilhas Urok são povoadas tradicionalmente pelos Bijagós, um povo animista profundamente conhecedor e respeitador do seu meio ambiente, que gere com sabedoria. No entanto, outros povos se fixaram, recentemente, nestas paragens em particular os pepéis, vindos do continente e os Nhominkas, do Saloum, no vizinho Senegal, passando a residir aqui e criando laços familiares e de boa vizinhança com os bijagós. Presentemente, Urok tem cerca de 3080 habitantes nas três ilhas, pertencendo às três comunidades.
O Complexo Urok abriga uma biodiversidade notável, sobretudo na sua zona costeira e marinha. Acolhe a maior concentração de aves aquáticas migratórias que vêm invernar no Arquipélago dos Bijagós e outras espécies emblemáticas como manatins, golfinhos, crocodilos e lontras. Graças ao seu denso coberto de mangal, bancos de areia e de vasa, abundam aqui várias espécies de peixes, crustáceos e moluscos, importantes para a alimentação e a economia dos residentes e do país.
O interior destas ilhas caracteriza-se por um mosaico de meios naturais distintos: o palmar, precioso para os Bijagós e à sombra do qual cultivam o arroz pam-pam (sequeiro); as terras agricultadas, onde lavram o feijão e a mancara bijagó; a savana herbácea e arbustiva, da qual retiram a palha para cobrir as casas; e amostras dispersas de florestas, donde extraem produtos variados para a alimentação e a farmacopeia.
Devido à sua grande riqueza natural e cultural e igualmente, ao interesse e empenho demonstrado pelas comunidades residentes em conservar os seus recursos, adoptando e implementando regras para a sua boa governação, o Governo da Guiné-Bissau aprovou, a 20 de Abril de 2005, o diploma de criação oficial da Área Marinha Protegida Comunitária das Ilhas Urok, a primeira do género no país.
A AMPC Urok faz parte da Rede das Áreas Protegidas da África Ocidental, RAMPAO e é presentemente considerada ao nível da sub-região como um laboratório do processo de gestão e governação participativa.
A Tiniguena tem apoiado todo este processo, assumindo o papel de seu animador principal. Para além disso, ela tem investido em Urok, desde 1993, promovendo iniciativas de animação sócio-cultural e de desenvolvimento local, para a melhoria do quadro de vida dos residentes.
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